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Entrevista com Ricciardi

Luigi Ricciardi é o nome literário de Luís Cláudio Ferreira da Silva, 33 anos, professor e autor dos livros Anacronismo Moderno (2011) e Notícias do Submundo (2014). Ele adotou esse nome em homenagem ao bisavô Alfonso Ricciardi, que veio da Toscana para o Brasil, em 1897. Isso, antes da publicação do primeiro livro. “Assim, decidi italianizar também o Luís, virando Luigi”, diz. A escrita sempre foi uma atividade prazerosa para Luigi. Ele conta que desde que começou a alfabetização já gostava de escrever. Porém, a aventura pela literatura veio quando já estava na faculdade, ao escrever sobre a história de amor malfadada de uma amiga. Hoje, os contos de Luigi são cheios de ironia, críticas à sociedade e tratam de temas como vida, morte e amor. Para ele, é essencial que o artista reflita sobre a sociedade em que vive. Além disso, o lirismo contido em cada linha que escreve é capaz de encantar o leitor. Estão bem longe de “apenas alguns contos bestas”, como sugere o título ...

"A Segunda Pátria" vai virar filme*

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Neste mesmo mês, em 1945, a Segunda Guerra Mundial terminava de maneira não oficial (o Japão só se rendeu alguns meses mais tarde). Depois de 70 anos este continua sendo um assunto fundamental, principalmente pelos fantasmas que carrega consigo, como o nazismo. O tema vem sendo abordado em vários livros de história e também de ficção, como fez Miguel Sanches Neto em “A Segunda Pátria”, de maneira muito original. O romance porém, se passa bem distante da Alemanha e da Europa. O cenário é o Brasil de Getúlio Vargas, que declara apoio aos nazistas. Assim, os estados do sul do país, com maior número de descendentes alemães, começa a pôr em prática os princípios pregados por Hitler.  Com isso, o engenheiro Adolpho Ventura, negro e pai de uma criança mestiça passa a sofrer discriminação e violência, bem como todos os outros negros. Enquanto isso, a jovem Hertha, grande amor de Adolpho e modelo perfeito da raça ariana tem uma missão secreta até para ela mesma: um encon...

Ironia atroz só contra os fortes*

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Várias pessoas em um museu, com os olhos vendados e tirando fotos das obras com seus celulares ultramodernos. Um menino de Guiné Equatorial sendo sugado por um beija-flor. Meninos vendendo qualquer coisa no semáforo e o motorista com cara de “visualizado e não respondido”. Esses são alguns dos cenários das charges de Vitor Teixeira. Você pode não saber exatamente quem ele é, mas provavelmente já deve ter visto alguma de suas charges circulando nas redes sociais. Suas ilustrações não chamam atenção apenas pelo traço peculiar, mas principalmente pelos temas de cunho político e social abordados. Algumas, inclusive, têm causado polêmica. Vitor é Design Gráfico, tem 28 anos e mora em . Ele conta que desenha desde criança e fez algumas especializações nessa área  depois de 2009. Antes , desenhava apenas para moda e publicidade, mas depois de viajar pelo Brasil e para outros países da América e ler sociólogos e jornalistas de esquerda, passou a deixar seu trabalho com uma cono...

Sabina por Flores*

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Cantor, compositor e poeta, Joaquín Sabina teve uma vida cheia de peripécias para além dos palcos. Ficou exilado em Londres durante a ditadura de Francisco Franco, de 1970 a 1977, teve problemas com as drogas e com o excesso de álcool e caiu em depressão. Sobre esses períodos difíceis de sua vida, ele compôs várias canções, principalmente em relação à guerra civil espanhola e seu exílio. Seus versos não pouparam o regime militar e nem a sociedade passiva. Cheio de ironias, criticava seus conterrâneos e os costumes vigentes. A música “Pongamos que Hablo de Madrid” é um exemplo de critica à cidade e mesmo assim virou ums espécie de hino para eles. Além disso, Sabina tem mais de 10 livros publicados, a maioria de poesia. Neste início de março, ele lança o 21º disco da carreira, "500 Noches Para una Crisis". O novo álbum é uma retrospectiva de seus grandes sucessos, como “Pastillas para no soñar”, “Contigo” e “Más de Cien Mentiras”. Canções compostas pela frustação na...